Dona Maria Valdete tem 86 anos de idade e é beneficiária do Ipesaúde há 49. Devido a uma Disfagia acometida pelo avanço da idade, precisou de atendimento médico especializado, a fonoterapia. Sua filha, Meire Moraes, procurou o Centro de Reabilitação Maria Virgínia Leite Franco para que a mãe pudesse ter o acompanhamento profissional necessário. Além da Disfagia, Dona Maria apresenta um quadro de Alzheimer e Bronquite Asmática, o que agravou o quadro disfágico dela.
“Minha mãe sempre teve dificuldade de tomar a medicação necessária, então o quadro dela foi se elevando e a gente percebeu os engasgos e a possibilidade de uma Disfagia. Foi daí que eu procurei o Centro, para que ela pudesse fazer um acompanhamento com a fonoterapeuta e o quadro dela não venha a evoluir”, contou Meire Moraes.
Segundo a fonoaudióloga que acompanha Dona Maria Valdete, Gabriela Lima, “a disfagia dela não é comum, a questão dela é que em alguns momentos quando ela engole ela tosse, não chega a se engasgar, mas na maioria das vezes pela noite isso acontece”, explicou.
Segundo a sua filha, já foi observado melhora no quadro disfágico da beneficiária. “Minha mãe é uma pessoa bastante motivada e mesmo com o diagnóstico eu vejo que ela traz esperança para mim. Ela tem muita vontade de viver e é essa vontade de viver somada com o carinho que a Gabriela e toda a equipe do Ipesaúde têm, que vem ajudando bastante no quadro da minha mãe e eu consigo ver a melhora, eu só tenho a agradecer, primeiramente a Deus, depois ao Ipesaúde”, disse agradecida Meire Moraes, filha da beneficiária Maria Valdete.
A Disfagia
A disfagia é uma dificuldade para engolir que pode ocorrer em todas as idades, porém é mais comum na fase adulta da vida. Ela pode se apresentar de 3 formas, como explica a fonoaudióloga Gabriela Lima. “Ela pode ocorrer na hora de colocar o alimento na boca, o paciente não chega nem a engolir, fica com o alimento na boca só rodando, ou parado; na fase depois, a faríngea, que o alimento chega a ir, mas por algum motivo não consegue fazer o caminho correto e acaba voltando, e ocasiona reflexos de tosse ou de vômito; e quando simplesmente ficar com o bolo parado, porque não tem como subir, nem descer”, disse.
Para melhorar o quadro disfágico, Gabriela explica que “algumas manobras devem ser feitas, como levantar e abaixar a cabeça, para ajudar o alimento a descer ou voltar”.
A disfagia é mais comum com o passar do tempo, devido ao fato da musculatura que vai ficando flácida. Como a Laringe é um músculo, consequentemente, também vai perdendo a sua elasticidade e função. No caso de Dona Maria Valdete há dois fatores que influenciam na Disfagia, o Alzheimer e a idade.
“Normalmente quando a gente engole, o músculo Laringe levanta e fecha a via aérea para o alimento não entrar. No caso dela, o músculo até chega a levantar, mas não protege muito. Por isso, ela tem os reflexos da tosse, ainda mais nos momentos em que ela está relaxada. O Alzheimer não está diretamente ligado à Disfagia, a ligação entre eles dois é a idade. Uma vez que o Alzheimer, assim como a Disfagia, atrapalha na comunicação, ambos de forma diferentes, enquanto o primeiro dificulta na clareza da comunicação, a outra atrapalha na respiração”, explicou Gabriela Lima.
Serviço
O Centro de Reabilitação do Ipesaúde funciona de segunda a sábado, das 7h às 12h e fica localizado na Rua D. José Thomaz, 331, São José. A unidade promove assistência a todos os beneficiários que necessitam de tratamento fisioterapêutico e têm à disposição diversas especialidades como Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional, Educação Física, Neuropediatria, Neurocirurgia, Psicologia e Acupuntura. Os profissionais atuam no tratamento ortopédico, neurológico, reabilitação do trato urinário, Reeducação Postural Global (RPG) e condicionamento físico para reabilitação de pacientes adultos e pediátricos.
Em virtude do momento atual de enfrentamento ao coronavírus, a unidade está retomando os atendimentos presenciais, de acordo com alguns protocolos e todas as dúvidas podem ser esclarecidas através do (79) 99191-3793.

