Última atualização em 03/09/2019 às 09:47:17
O transtorno que provoca vertigem e tontura possui sinais e características facilmente confundidos com os da labirintite. A unidade do Ipesaúde é referência em tratamento fisioterápico e está localizada na Rua Dom José Thomaz, 339 Bairro São José.
De acordo com a fisioterapeuta, Nathália Barreto Rocha, esse tipo de confusão em relação à disfunção é absolutamente comum. “É uma questão cultural. A pessoa sente uma tontura e já acha que é labirintite quando, na verdade, esse tipo de diagnóstico equivale a apenas 3% dos casos”, explica.
A Disfunção Vestibular Periférica é dividida em VPPB e hipofunção. Sua causa ainda é desconhecida. Diferença entre VPPB e Hipofunção Na VPPB (Vertigem Posicional Paroxística Benigna) o paciente apresenta movimentação constante do globo ocular. “A depender do movimento observado conseguimos fazer uma análise para dar início a um tratamento”, explicou a profissional.
Vertigem, náusea e sentir o ambiente rodar em torno de seu eixo são sintomas característicos da VPPB. Já a Hipofunção se manifesta pelo desequilíbrio do corpo e leve tontura. “Os pacientes relatam que a sensação é a de flutuação do corpo no espaço”, disse. A especialista ainda falou que qualquer um de nós pode manifestar esses sinais. “Num nível mais leve a hipofunção pode até se apresentar de maneira assintomática, entretanto, a tendência é que a pessoa comece a sentir certa tontura com o passar do tempo”.
Tratamento Na Hipofunção é feita uma série de exercícios para estabilização ocular, movimentação do paciente para trabalhar seu equilíbrio e atividades que sejam próprias de sua função laboral. “Para um paciente que precise se agachar no trabalho, por exemplo, nós faremos exercícios de agachamento”, esclareceu. Na VPPB o paciente se senta na maca com os membros inferiores estendidos. Logo depois faz um movimento brusco de extensão junto com a cabeça. “A partir disso eu verifico sua disfunção através do movimento de seu olho e a trato”.
De acordo com a fisioterapeuta essa ação é chamada de “manobra” e serve para reestabelecer o equilíbrio do beneficiário. Apesar de o paciente se sentir pior quando acometido por VPPB – por causa de fortes tonturas – seu tratamento é mais breve do que o da hipofunção. Enquanto que a reabilitação para Vertigem Posicional Paroxística Benigna leva por volta de duas sessões – de 30 minutos cada – para a alta do paciente, na hipofunção a duração do tratamento varia de 6 a 10 sessões.
A Dra. Nathália ainda chama a atenção para a disciplina do usuário da Reabilitação Vestibular no que tange aos exercícios. “Para o paciente evoluir no tratamento é importante que ele faça as atividades físicas diariamente em casa e não apenas quando está aqui no consultório”, frisou.
A paciente Dilma Santos Soares, de 57 anos, acaba de receber alta do tratamento. Depois de dois anos sentindo fortes tonturas por causa da hipofunção a aposentada já se sente bem melhor. “Depois do acompanhamento fisioterápico que tive aqui no Ipesaúde espero nunca mais ter tonturas”, comemora. Foram seis sessões, de 30 minutos cada uma, para a beneficiária ficar totalmente recuperada.

