Última atualização em 21/03/2023 às 15:51:37
O Centro de
Reabilitação Maria Virgínia Leite Franco deu início nesta
terça-feira, 14, as Oficinas de Carnaval voltadas para as crianças
atendidas na unidade. A atividade segue até a sexta-feira no horário
de atendimento, das 7h às 19h. O público infantil atendido no
Centro de Reabilitação do Ipesaúde é formado por crianças
autistas, com Síndrome de Down e outras deficiências. A oficina é
uma terapia multidisciplinar que conta com o acompanhamento de
diversos profissionais.
A coordenadora do Centro, Márcia
Fonseca Costa, disse que nessas datas comemorativas a unidade busca
sair um pouco do tradicional com a realização de oficinas como
estas do Carnaval. São atividades mais lúdicas feitas com a
participação efetiva dos profissionais da unidade, a exemplo dos
fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais. “A gente
traz a criança para terapias com momentos lúdicos, com a confecção
de máscaras de Carnaval, onde é possível que a criança recorte,
cole, pinte e ornamente”, salientou.
De acordo com a
gestora, as crianças que não conseguem realizar a atividade
sozinhas têm o auxílio do terapeuta. “São eles próprios que
montam as máscaras de Carnaval, ao escolher as cores, como vão
querer colorir, se vão utilizar purpurina ou não, com isso a gente
vai trabalhando a parte sensorial e a coordenação motora”,
explicou.
A psicóloga Alessandra Santos Lima disse que a
oficina trabalha a estimulação, a interação social e o cognitivo
das crianças através dessas atividades lúdicas como confecções
de máscaras, pintura, brincadeiras e distribuição de
pipoca.
Alessandra afirmou ainda que é muito importante a
realização de ações desta natureza para que as crianças saibam
que existem essas datas comemorativas e participem. “Vai saindo uma
turma e entrando outra, porque a oficina é realizada no horário de
atendimento das crianças”, disse.
Os filhos gêmeos de
Thiago Tintiliano Santos Azevedo participaram da oficina. Eles são
autistas e recebem o atendimento no serviço do Centro de
Reabilitação. Ele disse que gosta muito do tratamento dado aos
filhos na unidade. “Eles dão uma atenção personalizada para
eles, com fono, terapia ocupacional e meus filhos estão se
desenvolvendo cada dia mais com o acompanhamento e a terapia feitos
aqui no Ipesaúde”, garantiu.
Em relação a oficina, Thiago
revelou que é uma atividade muito interessante porque traz a
temática do Carnaval. “Como tem a participação de outras
crianças, eles se entrosam muito, porque para os autistas o mundo é
só para eles e à medida que estiverem juntos com outras crianças o
desenvolvimento será maior. Um dos gêmeos não interage com o
público e essa oficina para ele está sendo muito interessante”,
avaliou.

