Em virtude da redução dos níveis de beneficiários infectados pela Covid-19, o Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde) finalizou os atendimentos do Centro de Tratamento da Síndrome Gripal (CTSG), nesta sexta-feira, 16 de julho.
O centro foi criado em abril de 2020, com o objetivo de auxiliar na detecção e controle dos casos da Covid-19. Durante esse período, efetuou mais de 19.690 atendimentos e realizou mais de 8.880 RT-PCR para Covid-19.
Neste tempo, foi possível fazer uma análise do quantitativo de beneficiários do Instituto que positivaram para o novo coronavírus, um total de cerca de 4.845, assim como também foi possível verificar as variações das cepas do vírus.
Em abril de 2020, foi instaurado, em parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), no centro, o projeto denominado “Monitora Corona”, o mesmo pelo qual foi possível fazer o monitoramento de todos os pacientes acometidos pela Covid-19. E foi através dele que, em parceria com Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Centro de Tratamento da Síndrome Gripal do Ipesaúde foi objeto de estudo do artigo “Recurrent COVID-19 including evidence of reinfection and enhanced severity in thirty Brazilian healthcare workers”, submetido pela equipe do projeto Monitora Corona – UFS / Ipesaúde e publicado na revista inglesa “Jornal Journal of Infection”.
Segundo a coordenadora do centro, Maria de Lourdes Menezes, “encerramos essas atividades com a certeza do dever cumprido, visto que, no momento que mais o beneficiário precisou, a gente deu o suporte. O suporte de atendimento ambulatorial e algumas urgências. Além disso, tivemos uma aceitação, uma satisfação, em relação ao nosso atendimento, por parte do usuário. Durante esse tempo, a gente conseguiu evitar várias internações por causa desse tratamento preventivo e curativo e da equipe muito bem preparada. Tudo isso possibilitou para que a unidade tivesse um atendimento de excelência”, afirma.
Carolina Calumby é médica cardiologista e atendeu no centro durante cinco meses, e contou como foi a sua experiência: “a impressão que eu tive do gripário é que realmente foi um Centro que acolheu bastante beneficiários e possibilitou o acompanhamento dos pacientes ambulatoriais e pacientes mais graves. Foi possível ter um retorno desses pacientes, a evolução deles” afirmou Carolina e acrescentou “foi um projeto que conseguiu abranger uma população que, na maioria das vezes, estava mais desinformada em relação à doença e a gente conseguiu tirar dúvidas e esclarecer sobre a questão da pandemia. Os meses iniciais foram tranquilos, porém naquele pico foram meses difíceis, mas a gente conseguiu tratar os pacientes de forma efetiva e hoje a gente tem esse resultado digno de elogios”, finaliza.
Para uma promoção de saúde efetiva na unidade, durante esse tempo de funcionamento, o Ipesaúde firmou várias parcerias, como a com o Laboratório Central de Saúde Pública de Sergipe (LACEN), que deu credibilidade aos resultados das amostras colhidas no centro e o Departamento de Medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS), que possibilitou a utilização do Monitora Corona.

