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Dia do Gastroenterologista é lembrado no Ipesaúde

Última atualização em 11/09/2019 às 08:53:45

O 29 de maio é destinado ao Dia do Gastroenterologista, profissional responsável por diagnósticos relacionados ao trato digestivo como doenças periorais (região que fica ao redor da boca), no esôfago, estômago, fígado, pâncreas, etc.

A especialidade também está interligada aos coloproctologistas (médicos incumbidos de tratar situações relacionadas ao intestino grosso, delgado, reto e ânus). Dentre os exames prescritos pelo gastroenterologista estão a endoscopia, colonoscopia, pHmetria e nanometria.

A gastroenterologista Érika Gonçalves de Oliveira trabalha no Ipesaúde há 10 meses. Para marcar essa data a médica e especialista da área gástrica concedeu entrevista sobre o assunto.

Faixa etária e gênero

Dra. Érica atende pacientes até os 14 anos. Beneficiários com idade menor são atendidos por um gastroenterologista pediátrico. A faixa etária de maior atendimento se concentra nas pessoas entre 50 e 60 anos. Cerca de 60% são mulheres pelo fato delas se preocuparem mais com a saúde. A dispepsia funcional, popularmente conhecido como gastrite nervosa, também atinge mais a esse gênero. Cerca de 40% dos usuários atendidos pela gastroenterologista são acometidos por dispepsia funcional. Outros 40 % tem refluxo e o restante engloba outras patologias relacionadas à vesícula, pâncreas, fígado e intestino.

Consulta e endoscopia

A visita a um profissional gástrico é indicada caso o paciente já tenha alguma doença prévia. Já a endoscopia não é um exame de rotina como muitos acham. “Só é recomendado faze-lo periodicamente quem já tem alguma alteração diagnosticada. Caso a pessoa não tenha nenhum sintoma não é para fazer”, recomenda Dra. Érika.

Antes dos 40 anos só é indicado fazer endoscopia se tiver sinais de alarme como vômito ou perda de peso caso não haja o médico prescreve a medicação – a chamada prova terapêutica. Esse cuidado em relação à endoscopia é uma diretriz médica.

Pacientes acometidos por esôfago de Barrett (uma complicação da doença do refluxo) precisa passar pela endoscopia a cada ano, até pelo fato de ser uma lesão pré-cancerígena. Já o tratamento de H. Pylori (uma bactéria do estômago) precisa do exame a cada seis meses para ter a certeza quanto à erradicação da bactéria.

Fígado

Dra. Érika faz alerta para com o aumento de pacientes homens com esteatose hepática (gordura no fígado). Segundo a gastroenterologista o consumo de bebida alcoólica e sedentarismo são fatores determinantes para esse surto em todo o mundo. Já as pessoas com cirrose no fígado, e que nunca beberam, desenvolvem a chamada “Cirrose Hepática por Nash” ou esteato hepatite não alcoólica. Nesse caso usa-se medicamento. Nas mulheres houve uma elevação dos nódulos no fígado em virtude do uso de anticoncepcional.

Para prevenir o câncer no fígado o ideal é não ter Hepatite B ou C, hepatite autoimune tipo 1 e 2 (que são raras no órgão) e cirrose. “A Hepatite B não precisa nem virar cirrose pra gerar um câncer, o vírus da Hepatite B pode sozinho desenvolver o câncer, pulando assim a etapa da cirrose”, explicou a gastroenterologista. Para beneficiários acima de 55 anos é indicado investigar se tem Hepatite B ou C. Os vírus foram descobertos muito recentemente e antigamente era comum o uso de seringa de vidro. São vírus silenciosos e assintomáticos.

A especialista ainda chama a atenção para o consumo de chás exóticos para com a saúde do fígado. “Os de picão-preto, espinheira santa, cáscara sagrada, noni está causando hepatite também. Ainda não se sabe se é por causa da quantidade ou da frequência do consumo desses chás. Na dúvida é melhor suspender essas bebidas”, indicou a médica.

Casos de câncer e prevenção

A especialidade também faz diagnósticos relacionados a câncer pelo fato de a maior incidência da doença estar concentrada no aparelho digestivo como os de intestino, pâncreas e vesícula biliar.
Na prevenção do câncer de intestino a profissional recomenda fazer exame de colonoscopia a partir dos 50 anos. “Quem já tem histórico na família o ideal é fazer a partir dos 40 anos”, Dra. Érika recomenda. Já para rastrear o câncer de estômago a médica àquelas pessoas com histórico familiar ou detectadas com a bactéria H. Pylori. A maior causa de câncer de estômago é em decorrência desse microorganismo, sendo que 80% da população teve ou o tem. A maior causa do câncer de esôfago está relacionada a refluxo. Evitá-lo é a melhor forma de prevenir a enfermidade. Não fumar, não beber e moderar o consumo de carne vermelha previne o aparecimento de tumor no pâncreas. Quanto à vesícula o maior problema está no tamanho do cálculo ou pedra. As grandes são perigosas, já as minúsculas não aumenta a chance de câncer no órgão.

Educação alimentar

Para refluxo é indicado evitar a ingestão de café, chocolate, pimenta, molho de tomate, refrigerante, bebida alcoólica, pão, cuscuz, farinha e fritura (alimentos fritos à base de óleo ou manteiga). “O refluxo nas pessoas tem aumentado bastante por causa da obesidade, especificamente pela pressão intra-abdominal”, disse Dra. Érika. A profissional ainda não indica comer fast-food com muita fritura, comer com líquido e cochilos após as refeições são recomendados depois de duas horas.
A gastrite pode piorar com o pão, farinha ou frutas cítricas por ficarem mais tempo no estômago. Os alimentos mais indicados são os mais naturais possíveis e menos industrializados. Eles previnem não só os cânceres do aparelho digestivo como também o de mama, além de outros órgãos. Embutidos e enlatados devem ser evitados. De maneira geral indica-se a exclusão do açúcar nos sucos da fruta e alimentar-se de frutos com fibras (maçãs, morangos, peras, etc) para ajudar na formação do bolo fecal.

Intolerância à lactose

Dra. Érika disse que somente pessoas que possuam os sintomas próprios da intolerância à lactose – como gases, diarreia e náuseas – devem solicitar o exame. “Cerca de 60% dos cidadãos tem intolerância à lactose, só que alguns nunca irão manifestar sintoma algum. Sendo assim, está tudo bem, essas pessoas podem continuar a consumir o leite ou derivados dele”, disse. De acordo com a gastroenterologista algumas pessoas retiram esses alimentos de sua dieta sem necessidade pelo fato de receberem o diagnóstico de intolerância à lactose. O problema é que o beneficiário pode querer consumir novamente essas comidas e o organismo passar a rejeitar.

Ainda de acordo com a especialista o modismo para com o tema é perigoso e contra indicado. “Não precisa sair por aí cortando outros derivados do leite como glúten ou lactose. Uma pessoa vegetariana tem chance maior de ter câncer do que alguém que faça dieta balanceada, segundo um estudo transversal da Entrevista de Pesquisa de Saúde da Áustria AT-HIS 2006/07 em matéria veiculada no site “beefpoint” no dia 15/07/2014”, instruiu a gastroenterologista.

A Dra. Érika Gonçalves de Oliveira atende no Centro de especialidades do Ipesaúde no bloco 3A. Os dias e horários de atendimento são: segunda das 09:00 às 12:00 hs; terça das 10:00 às 13:00 hs e das 14:00 às 17:00 hs e na sexta das 09:00 às 12:00 hs. O endereço do consultório é rua Campos, 177, bairro São José. Fone: 3226-2725.

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