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Especialista do Ipesaúde adverte sobre impacto do excesso do uso de tecnologia na saúde mental

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Nos últimos anos, a tecnologia se tornou uma ferramenta essencial na vida das pessoas, transformando a maneira como trabalham, se comunicam e se relacionam. Essa revolução tecnológica também trouxe preocupações significativas em relação à saúde mental. A psicóloga da Unidade Regional de Simão Dias do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde), Daniele Alves, alerta que é necessário cuidado, pois o uso excessivo das tecnologias pode impactar na saúde mental.

A especialista explica que o uso em excesso de dispositivos digitais pode ocasionar, a curto prazo, aumento da solidão, depressão, exposição ao cyberbullying, redução da autoestima e ideação suicida. “O constante fluxo de informações e notificações pode levar à sobrecarga cognitiva e aumentar os níveis de ansiedade. A pressão para estar sempre conectado e atualizado pode criar um ciclo de estresse contínuo. Além disso, a exposição constante a notícias negativas e as comparações sociais em redes sociais também podem contribuir para sentimentos de ansiedade e estresse”, esclarece.

Ela observa que, embora seja fácil a conexão entre pessoas virtualmente, o uso excessivo das tecnologias pode levar ao isolamento social. “O tempo gasto em dispositivos digitais pode reduzir as interações presenciais, essenciais para a saúde mental e emocional. Isso pode resultar em sentimentos de solidão e desconexão”, afirma Daniele Alves.

A psicóloga conta que os sinais de dependência digital são: incapacidade de reduzir o tempo de uso de dispositivos; negligência de responsabilidades pessoais e profissionais; uso excessivo de tecnologia para escapar de problemas ou emoções; irritabilidade ou ansiedade quando não se está conectado; e impacto negativo no sono e nas relações interpessoais.

Segundo Daniele Alves, as redes sociais podem ter um impacto duplo na saúde mental. “Elas podem proporcionar apoio social e conexões significativas, mas também podem contribuir para sentimentos de inadequação, baixa autoestima e ansiedade devido a comparações sociais. O cyberbullying e a exposição a conteúdo negativo também são preocupações significativas”, alerta.

A profissional compartilha algumas estratégias na utilização de forma saudável das redes sociais. “Estabelecer horários específicos para o uso de dispositivos digitais; praticar atividades offline, como exercícios físicos, leitura e hobbies; desligar notificações e limitar o tempo nas redes sociais; priorizar o sono, criando uma rotina de desconexão antes de dormir e buscar apoio profissional se necessário, especialmente em casos de dependência digital ou problemas de saúde mental exacerbados pelo uso da tecnologia. Utilizando essas estratégias, é possível ter um uso equilibrado das ferramentas sem o risco de ter problemas a curto e médio prazos”, finaliza.

Psicóloga da Unidade Regional de Simão Dias do Ipesaúde, Daniele Alves

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