A unidade regional de Itabaiana do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde) oferta aos beneficiários da Região Agreste o serviço de fisioterapia voltado a crianças e adolescentes que apresentam atrasos no Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM), que é o processo no qual, a partir de estímulos, a criança adquire determinadas habilidades, como andar, engatinhar, sentar, etc.
Segundo a fisioterapeuta da unidade regional, Jéssica Mota, o tratamento é iniciado após a identificação do atraso durante a avaliação neuropsicomotora do paciente. Para isso, são aplicadas diversas técnicas, como mobilizações, estímulos para controle do tronco e cervical, e o Método Bobath, uma abordagem de reabilitação neuromuscular que utiliza reflexos e estímulos sensitivos para promover ou inibir respostas motoras.

Na unidade, os públicos que apresentam maior procura para a avaliação são os pacientes que têm Síndrome de Down, Transtorno do Espectro Autista ou síndromes raras. Segundo a especialista, os bebês têm aquisições motoras em ordens cronológicas e a cada mês adquirem uma nova função. “Nos primeiros meses, o bebê tem o controle de cabeça, olha os objetos, acompanha os sons e logo depois adquire o controle de tronco, que é quando ele fica sentado com apoio e, depois, sem apoio. Em seguida, ele começa a rolar, engatinhar, ter habilidade de ficar em pé com quatro apoios e andar”, explica.
De acordo com a fisioterapeuta, é crucial que os pais estejam atentos e observem o comportamento de seus filhos em cada uma dessas etapas. Caso identifiquem algum atraso, é essencial levar a criança para uma avaliação. Jéssica enfatiza ainda que o apoio dos pais, em casa, desempenha um papel fundamental na melhoria do tratamento da criança. “Orientamos os pais a desenvolverem habilidades motoras e ensinamos exercícios que podem ser realizados diariamente para estimular seus filhos. É um tratamento que acontece de forma conjunta, tanto em ambientes ambulatoriais quanto domiciliares”, diz.
O coordenador do Ipesaúde em Itabaiana, Yuri Souza Santos, conta que o atendimento da fisioterapia pediátrica da unidade é muito procurado pelos beneficiários e é uma referência para o tratamento de crianças com Síndrome de Down e Transtorno do Espectro Autista (TEA). Segundo ele, cada experiência relatada por pais sobre os avanços obtidos no tratamento do filho o deixa muito feliz. “Isso demonstra que estamos no caminho certo, trabalhando da forma correta, e nos incentiva a cada vez mais capacitar os nossos profissionais e investir na melhoria desse serviço”, enfatiza.

