Bruna Nunes atua no Centro de Reabilitação do Ipesaúde há 5 anos e alerta sobre causas e tratamento da doença
Davi Miguel tem 5 anos de idade e é acompanhado pelo Centro de Reabilitação Maria Virginia Leite Franco há mais um ano. Apresentando leve grau de autismo, ele já apresenta melhora significativa na comunicação, como conta sua mãe, Regiane Alves.
“Quando Davi tinha 3 anos percebemos que ele não falava quase nada e o vocabulário era muito limitado. Hoje, meu filho está muito diferente, já me conta histórias, consegue interagir com outras crianças, sem contar na autonomia”, conta Regiane Alves.
O Atraso na Linguagem Oral, condição apresentada por Davi é uma patologia recorrente entre os pacientes da unidade de Reabilitação do Ipesaúde, como explica a fonoaudióloga Bruna Nunes.
“Aqui no Centro de Reabilitação atendemos pacientes com diversas patologias, entre elas está o Atraso na Linguagem Oral que representa um número baste expressivo de casos. A doença não apresenta uma causa específica. Temos uma criança típica, sem nenhum tipo de comprometimento neurológico, mas alguns fatores podem desencadear, como falta de estímulo em casa, uso abusivo de eletrônicos ou pouca interação com o meio social. Existem também outros casos decorrentes de algum tipo de alteração neurológica, a exemplo do autismo, que é o caso do Davi”, explica Bruna Nunes.
Davi chegou ao Centro de Reabilitação com dificuldade de se expressar oralmente e, segundo Bruna, ele só conseguia pronunciar palavras monossilábicas. Mas, hoje, ele já consegue se comunicar melhor e até forma frases complexas, em virtude do tratamento e do apoio familiar.
“Ele apresenta uma melhora significativa e teve um aumento expressivo no seu vocabulário. Quando ele chegou aqui falava em média de 5 a 10 palavras, todas monossílabas, mas agora ele já formula frases, inicia conversas, responde ao interlocutor e consegue se manter no diálogo. O tratamento inclui atividades interacionais, além do apoio dos pais e dos irmãos que entenderam e colaboraram com o processo”, comenta Bruna Nunes.
De acordo com a mãe de Davi, Regiane Alves, a dificuldade que ele tinha de se comunicar influenciava no estado emocional, como alteração no humor e estresse, mas atualmente o quadro é outro. “Antes ele gritava muito por não saber falar, ficava irritado e não queria interagir com outras pessoas. Quando ele falou, pela primeira vez, palavras que nunca havia falado antes, foi muito emocionante para mim e eu não tenho nem palavras para explicar o que senti. Só tenho a agradecer o tratamento que eu e meu filho recebemos. O Ipesaúde tem sido fundamental nas nossas vidas. Sempre recomendo a quem precisar utilizar os serviços”, conta Regiane.
Tratamento
Segundo a fonoaudióloga Bruna Nunes, assim que os pais identificarem que há um atraso no desenvolvimento da fala do filho, é aconselhável buscar avaliação de um profissional.
“A partir da avaliação do fonoaudiólogo, o tratamento iniciará com a fonoterapia com o objetivo de melhorar o desenvolvimento dessa linguagem. Quando se trata de infância, a gente trabalha com os marcos do desenvolvimento da fala, por exemplo, por volta de dois anos de idade, esperamos que aquela criança fale uma média de 100 palavras e comece a formar pequenas frases. Com isso, uma criança que não está dentro desse quadro já apresenta um atraso significativo. Quando ela chega aos dois anos e não fala absolutamente nada, o Atraso de Linguagem Oral é diagnosticado. Sendo assim, precisamos avaliar e fazer a intervenção necessária”, esclarece Bruna Nunes.
Serviço
O Centro de reabilitação Maria Virginia Leite Franco está localizado na rua Dom José Thomaz, 331, Bairro São José, em Aracaju. A unidade funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17:30h e oferece, além dá Fonoaudiologia, diversas especialidades como Fisioterapia ,Terapia Ocupacional, Educação Física, Neuropediatria, Psicologia e Acupuntura. Mais informações podem ser obtidas através do (79) 3214-3702.