A Unidade Temporária de Internamento da Grande Aracaju do Ipesaúde encerrou suas atividades, em decorrência da redução dos casos da Covid-19, na última sexta-feira, 16 de julho, após ter atuado à frente do tratamento de mais de 246 beneficiários do Ipesaúde, sendo eles acometidos ou não pela Covid-19.
A mesma foi aberta em março de 2021 e funcionou por cerca de quatro meses, nesse tempo recebeu pacientes que necessitavam de internação, tanto acometidos pela Covid-19, quanto por outros problemas, assim como também aqueles em tratamento paliativo.
Segundo a médica geriatra e assistente técnica da unidade de retaguarda, Rivia Siqueira, “atendimento na unidade foi um atendimento clínico geral com tratamento clínico da covid baseado nos últimos consensos e recomendações associado a tratamento de compensação de comorbidades preexistentes além de tratamento com cuidados paliativos”.
A unidade operou oferecendo um leque expressivo de serviços, a exemplo da fisioterapia que incluiu o tratamento respiratório com fisioterapia respiratória, com a Ventilação Não Invasiva (VNI) como tratamento base; o suporte ventilatório invasivo nos pacientes com indicação e a musicoterapia que foi uma grande novidade para o tratamento, uma vez que ajuda na redução dos níveis de estresse.
Além disso, possuía todo um aparato familiar com a equipe de Assistência Social à frente que oferecia suporte familiar, conferências familiares e promoção de visitas de familiares com a segurança mantida para ambos (família e paciente).
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“A parceria do SPA com o Hospital Nosso Senhor dos Passos surgiu a partir do aumento dos números de infectados pela covid, que demandavam internação, assim como a ausência de leitos. Então surgiu a identificação dessa área que estava inativada aqui no Hospital e de maneira ágil, nós iniciamos o contato com os responsáveis com o Hospital”, afirma Luiza Nauane, coordenadora do Serviço de Pronto Atendimento do Ipesaúde, uma das unidades reguladoras dos pacientes para a Unidade de Temporária de Internamento da Grande Aracaju.
Assim como tudo que é novo, de certa forma causou um estranhamento tanto nos beneficiários, por isso os profissionais selecionados para trabalhar nessa linha de enfrentamento passou por treinamento, como conta a Diretora de Assistência à Saúde, Cristiane Melo: “a gente começou a montar equipe, a juntar profissionais e trabalhar na capacitação deles, porque não tinha nada igual, acho que ninguém dessa geração que trabalhou nas unidades durante esse período passou por uma pandemia nesse porte. E essa capacitação fez com que a equipe tivesse uma compreensão maior da necessidade humanitária desse atendimento, do cuidado com as pessoas, desse acolhimento. E isso fez muita diferença, pois as pessoas vinham para aqui e se sentiam acolhidas mesmo com todo seu medo e todos os receios, mas graças a equipe capacitada, eles sentiam que estavam sendo assistidos”, relata.
“A unidade de São Cristóvão foi essencial. A gente teve duas ondas de covid,na primeira, a gente montou uma enfermaria provisória lá na própria sede do Ipesaúde, também foi bem exitosa em relação ao acolhimento e acompanhamento desses pacientes. Na segunda onda a gente já tinha transformado o local desses leitos em tratamento pós Covid-19, por isso a gente recorreu a outro espaço para leitos de retaguarda, foi quando conseguimos o local em São Cristóvão”, explica Cristiane Melo.
Dentre os beneficiários internados na Unidade de Temporária de Internamento da Grande Aracaju, 139 foram regulados pelo Serviço de Pronto Atendimento do Ipesaúde (SPA) e os outros 107 foram regulados pelo Centro de Tratamento da Síndrome Gripal do Ipesaúde que também teve seus serviços encerrados na última sexta-feira, 16 de julho.
