A doação de órgãos é um ato no qual a pessoa manifesta a vontade de doar partes de seu corpo a fim de ajudar outras pessoas. Segundo dados revelados pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), houve uma queda de 13% no número de doadores neste primeiro semestre de 2021. O risco da transmissão do coronavírus foi o principal motivo pela falta de procura.
O Ipesáude reconhece a importância do tema e do que representa para quem necessita de um doador, como explica a enfermeira Lourdes Menezes, coordenadora do Centro cardiorrespiratório da autarquia. “O propósito desse tema é sensibilizar os beneficiários a manifestarem a vontade se não por escrito, de procurar uma central de transplante para deixar registrado e que se manifeste verbalmente para a família para que no momento em que ocorra seu falecimento essa vontade possa ser realizada, dando uma qualidade de vida para aquele que está necessitando” , comenta.
Como proceder
De acordo com o Ministério da Saúde, o transplante é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente (receptor), por outro órgão ou tecido normal de um doador vivo ou morto. Esses órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
Com base nisso, há dois tipos de doador, o doador vivo que é aquele maior de idade e que pode doar órgãos a seus familiares, sempre acompanhado de autorização judicial prévia, e pode doar um dos rins, parte do fígado, da medula, etc. Já o doador não vivo, são os pacientes assistidos em UTI com quadro de morte encefálica e que determina a interrupção da irrigação sanguínea ao cérebro, esse paciente pode doar seus rins, coração, pele, cartilagem, pulmão, entre outros.
Se você possui interesse em se tornar um doador, a central de transplantes em Sergipe é a Secretaria de Saúde do Estado que pode ser contatada nos números: (79) 3198-4242 / 3198-4243.
A beneficiária e doadora de órgãos Andrea, comenta a relevância do tema abordado: “Seria muito bom que essa comunicação fosse feita dentro dos institutos de identificação, para aquelas pessoas pudessem perante a lei dizer que gostariam de ser doador pois é um processo indolor e que vai preservar a sua saúde, se você expressar quer ser um doador, você pode ajudar um ente querido sem muita burocracia. Essa palestra foi muito massa e que venham mais projetos” explica.
