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Ipesaúde orienta sobre importância da vacina BCG contra formas graves da tuberculose

Com mais de 100 anos de uso e eficácia comprovada, o imunizante é considerado imprescindível, especialmente em países como o Brasil, onde a doença ainda é considerada endêmica
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A vacina BCG é uma das primeiras medidas de proteção à saúde do bebê, sendo essencial na prevenção contra formas graves da tuberculose, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar. Com mais de 100 anos de uso e eficácia comprovada, o imunizante é considerado imprescindível, especialmente em países como o Brasil, onde a doença ainda é considerada endêmica. É o que alerta o Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde) nesta terça-feira, 1º de julho, Dia da Vacina BCG.

De acordo com a médica Carla Rollemberg, pediatra do Ipesaúde, o imunizante BCG é indicado para os bebês recém-nascidos. “A aplicação da vacina é feita por via intradérmica, geralmente nas primeiras horas de vida, ainda na maternidade, junto à vacina contra hepatite B. No entanto, quando não for possível realizá-la nesse período, a imunização pode ocorrer até os 4 anos, 11 meses e 29 dias”, explica. A especialista observa ainda que: “Se o bebê tiver menos de dois quilos ao nascer, é preciso aguardar o ganho de peso para a aplicação. Essa é a principal contra indicação do imunizante”. 

Carla Rollemberg Pediatra do Ipesaúde.
Carla Rollemberg Pediatra do Ipesaúde.

A médica pediátrica pondera que, embora não elimine todas as formas da doença, a BCG reduz significativamente o risco das manifestações mais severas. “Ela não vai erradicar todas as formas da tuberculose. Ainda temos, por exemplo, a tuberculose pulmonar como mais frequente em nosso país. Mas a imunização permanece sendo uma das formas mais eficazes de proteção contra complicações severas. Por isso, os pais devem ficar atentos ao calendário vacinal. Cuidar desde cedo é garantir um futuro com mais saúde”, afirma.

Composição 

Carla explica que a vacina BCG não é feita com vírus atenuado, ou seja, não usa um vírus enfraquecido para proteger o organismo. “Na verdade, ela é feita com uma bactéria chamada bacilo da tuberculose, que foi modificada para não causar a doença, mas ainda assim estimular o corpo a criar proteção. Isso é diferente de outras vacinas, que funcionam usando vírus vivos, mas enfraquecidos para ensinar o sistema imunológico a se defender. No caso da BCG, o corpo aprende a se proteger contra a bactéria da tuberculose, evitando as formas mais graves da doença”, elucida.

‘Famosa’ cicatriz 

Segundo Carla Rollemberg, não são comuns reações adversas graves à vacina BCG. A formação de uma pequena ferida no local da aplicação, que depois cicatriza e deixa uma marquinha, é esperada. “Se a cicatriz não aparecer, não significa que a criança não está imunizada. Mas se surgir uma úlcera muito grande, o ideal é procurar um serviço de saúde especializado”, orienta.

Beneficiários do Ipesaúde, Joseíde de Santana Santos e Andrey de Santana Dória, pais de Enzo, de 7 anos, mantêm a carteira de vacinação atualizada do filho desde seu nascimento. “A gente entende a importância da imunização não apenas para proteger o próprio Enzo, mas também para garantir a segurança de toda a população, evitando a propagação de doenças. Na sociedade, a imunização só cumpre a sua função de erradicar doenças quando toda a população está devidamente vacinada”, pontua Joseíde. 

Para Andrey, é preocupante a disseminação de fake news contra as vacinas. “Hoje em dia é fácil falar contra a eficácia das imunizações porque grande parte das doenças já estão erradicadas,  justamente, devido às vacinas”, reflete. 

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