Última atualização em 03/09/2019 às 10:21:41
A Doutora Ivoneide Barros do Nascimento Carvalho é profissional da área e atende os os pacientes por intermédio da Clínica Oralmed, rede credenciada ao plano. Segundo ela “muitas vezes os alunos são taxados como pessoas desinteressadas pelos estudos, entretanto não é bem isso o que realmente acontece”. É função da psicopedagogia investigar as causas dessa distração e trabalhar em cima de um diagnóstico.
Público alvo e visão equivocada
Algumas pessoas tem uma visão equivocada da especialidade. “Elas acreditam que a psicopedagogia é uma aula de reforço ou um mero momento de recreação pelo fato de o lúdico ser trabalhado no tratamento”, disse.
O foco do tratamento são estudantes em geral, discentes com TDH (Transtorno do Déficit de Atenção), TD (Transtorno de Dificuldades), hiperativos e autistas. De acordo com Dra. Ivoneide estudantes de escolas da rede pública e particular, faculdades, universidades e concursos fazem parte do seu público alvo. Não há uma faixa-etária específica para o acompanhamento.
Sua paciente mais velha, por exemplo, tem 37 anos e estuda para concurso. “Ela não consegue se concentrar nos estudos. Trabalho esse foco com ela”, relatou. Já seu paciente mais novo tem três anos de idade. Ele é autista e foi encaminhado pela mãe por mostrar certa dispersão no ambiente escolar. “O menino chegou a nós mediante diagnóstico de uma neuropediatra. Trabalhamos com ele atividades de encaixe, materiais coloridos além da percepção de gravuras como animais, objetos e frutas. Trabalhamos também reconhecimento de vogais e números.”
Pacientes autistas
De acordo com a psicopedagoga o número de pacientes especiais aumentou bastante. “Não sei o porquê dessa elevação. Tenho dúvidas se tem relação com a exploração desse público pela mídia ou se por algum outro motivo”, disse a profissional ao afirmar também que trabalha apenas com autistas leves e moderados. Os classificados como severos ela não faz o acompanhamento.
O autista de nível ‘severo’ tem muita deficiência de aprendizado e precisa ser acompanhado para o resto da vida. “Depois de 10 minutos eles não conseguem se lembrar de mais nada do que foi ensinado”. Os pacientes especiais de nível leve ganham alta após três anos. Já os moderados ficam durante quatro ou cinco anos.
Ela ainda faz um alerta para que as mães ou responsáveis procurem observar qualquer alteração cognitiva nos seus filhos especiais. “Ao perceber que as crianças não estão se adaptando à escola, encaminhem-nas para um tratamento”. Segundo a psicopedagoga muitos professores não estão qualificados a receber esse tipo de público. “As instituições de ensino precisam ter alguém para acompanhá-los e não é isso que se vê”, observa.
Tratamento e evolução
Algumas pessoas tem uma visão equivocada da especialidade. “Elas acreditam que a psicopedagogia é uma aula de reforço ou um mero momento de recreação pelo fato de o lúdico ser trabalhado no tratamento”, disse.
O tratamento envolve jogos, exercícios de coordenação motora fina, encaixes de figuras geométricas, dentre outros. “Quando o paciente não mostra dificuldade no encaixe das peças significa que ele está tendo avanços”, disse a terapeuta.
Dra. Ivoneide também trabalha as disciplinas de português e matemática por intermédio de jogos. “Eu utilizo cartelas com as quatro operações e sílabas separadas com gravuras. Essa técnica é mais aplicada com as crianças”. Já com pacientes jovens e mais maduros a psicopedagoga faz o encaixe de textos. “Essa é a maior dificuldade dos adolescentes e adultos: a interpretação de textos”. Entra nessa parte interpretativa outras disciplinas como a química e a física.
Os que têm déficit de atenção e aqueles que possuem falta de concentração levam dentre um ano e um ano e meio para a alta. “Nós não temos um parâmetro certo porque não depende apenas de mim. Depende do próprio paciente e de como nós dois trabalhamos. Quando o estudante avança nós também dificultamos os exercícios”. O tratamento é “homeopático” segundo ela. É feito passo a passo e no tempo do paciente.
Atendimento
De outubro a dezembro passaram pelo consultório da Dra. Ivoneide Carvalho 136 pacientes. Foram 40 em outubro, 43 no mês de novembro e 53 em dezembro. Hoje a terapeuta acompanha por volta de 60 estudantes. A psicopedagoga atende na Clínica Oralmed situada à Rua Riachuelo, 1188 Bairro São José. É uma instituição credenciada ao Ipesaúde. Fone: (79) 98851-7785 e (79) 99940-5688. Seu atendimento é de segunda à sexta-feira das 08:00 às 11:30 e das 14:00 às 18:00.

