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Especialista do Ipesaúde fala sobre distúrbios comuns em crianças e adultos

Última atualização em 10/09/2024 às 09:28:25

Dificuldades na escola, mudanças frequentes de humor, agressividade, perda de apetite e tentativas de automutilação são sinais que devem ligar o alerta aos pais. Esses problemas podem desencadear doenças como ansiedade, depressão, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno Obsessivo -Compulsivo (TOC) e Transtorno Opositivo Desafiador (TOD). Cerca de 75% dos transtornos mentais apresentam seu início na infância, conforme aponta o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O problema é que geralmente essas doenças demoram a ser identificadas e tratadas, fazendo com que os casos cheguem mais graves nos consultórios de psicólogos e psiquiatras.

O fonoaudiólogo da Unidade Regional do Ipesaúde em Lagarto, Gleidson Menezes, explica que os pais precisam ficar atentos ao desenvolvimento dos filhos. “Eles devem observar se as crianças estão apresentando dificuldade em interagir com outras crianças, seja na escola, na rua ou em casa, e ficar vigilantes quanto a alguns comportamentos atípicos, como aqueles que estão relacionados à questão da fala. Há um transtorno específico da linguagem oral, que é um atraso de fala que se dá devido à falta de estímulo, mas que com a terapia fonoaudiológica, a criança poderá desenvolver a fala normalmente”, revela.

Entre os transtornos que podem afetar as crianças, segundo o especialista, o autismo é um dos mais comuns. “No autismo, a gente percebe a dificuldade de comunicação e interação. A criança pode ter dificuldade de brincar e de se relacionar com outras crianças”, diz. O fonoaudiólogo destaca ainda que, quando não tratados adequadamente na infância, esses transtornos podem persistir na vida adulta, impactando a qualidade de vida e a funcionalidade dos indivíduos. “Adultos com transtornos de ansiedade, depressão, TDAH e TOC, por exemplo, podem enfrentar desafios significativos em suas vidas pessoais e profissionais. A intervenção precoce e o tratamento contínuo são essenciais para minimizar os efeitos ao longo da vida”, salienta.

O tratamento desses transtornos geralmente envolve uma abordagem com uma equipe multidisciplinar, composta por fonoaudiólogo, psicólogo, terapeuta ocupacional e psicopedagogo. “Essa colaboração é vital para garantir que todos os aspectos do desenvolvimento e bem-estar do indivíduo sejam abordados. A intervenção precoce, o tratamento multidisciplinar e o apoio contínuo podem fazer uma diferença significativa na vida das pessoas afetadas, proporcionando-lhes uma chance maior de alcançar seu pleno potencial. Para prevenir o agravamento desses distúrbios, é essencial que os pais identifiquem os sinais e procurem ajuda profissional o quanto antes. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para proporcionar uma melhor qualidade de vida para as crianças e evitar que os transtornos se agravem na vida adulta”, detalha Gleidson.

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