Nesta quinta-feira, 21, pela manhã, foi realizada, no Centro de Reabilitação do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde), a palestra ‘Políticas Públicas de Acessibilidade para Pessoas com Deficiência’, em alusão ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, comemorado em 21 de setembro. O evento foi realizado em parceria com a Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania (Seasc) e teve como palestrante a assistente social da Coordenadoria da Pessoa com Deficiência da Seasc, Suellen Grazielle Garcia.
De acordo com Suellen Grazielle, o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência representa a luta diária por mais inclusão. “É uma data para deixar de lado a exclusão que o deficiente encontra no dia a dia”, ressaltou. Nesse sentido, ela destacou que a palestra teve como objetivo orientar as pessoas com deficiência sobre quais são as formas de acessibilidade.

“Dizer que uma pessoa tem uma deficiência não é uma barreira, não é o ponto final para a nossa vida, não quer dizer que a gente vai ficar sem fazer nada. É um estímulo para a gente ser mais, para mostrar que podemos fazer tudo”, afirmou. Na oportunidade, Suellen apresentou os serviços que a Seasc oferece, como o RG Inclusivo, que é uma forma para incluir a pessoa com deficiência no estado. O RG Inclusivo é feito na sede da Seasc, na rua Santa Luzia, 680, no Bairro São José.
Interação
A beneficiária Elomar Fróes Bispo contou que achou a palestra muito interessante, especialmente pela abordagem em relação ao preconceito. Ela tem uma filha autista e com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e revelou já ter passado por situações relacionadas a isso. “A gente sofre realmente com o preconceito das pessoas mal informadas. Acho que está faltando não só informação, mas também respeito. A palestra foi importantíssima para que as pessoas se conscientizem”, salientou.
A beneficiária Jasiete Silva Oliveira, que teve paralisia infantil aos seis meses e ficou com uma deficiência na perna esquerda, afirmou que gostou muito da palestra. “Estou levando comigo a mensagem sobre a segurança dos direitos que nós temos como deficientes. Muitas vezes a gente não sabe de alguns direitos, como por exemplo, a questão da identidade inclusiva. Eu não sabia que podia tirar a minha identidade com a sigla da pessoa com deficiência. Isso facilita muito”, comentou.
Acessibilidade é fundamental

A coordenadora do Centro de Reabilitação, Márcia Fonseca, disse que a informação sempre é muito importante, e quanto mais dados a gente der para os nossos beneficiários melhor. “Durante o evento, a gente viu o envolvimento dos pacientes, por meio dos depoimentos. Os beneficiários estavam assistindo, interagiram, eu acho que foi de suma importância e já está sendo pensado lá na frente de realizar mais palestras como essas, falando muito da inclusão, da acessibilidade, de barreiras e do preconceito”, enfatizou.

Amanda Laís, da Coordenadoria de Pessoa com Deficiência da Seasc, comentou que a palestra foi muito boa. “A Seasc agradece pelo convite, porque hoje quebramos uma barreira, que é atitudinal. Quando a gente tem informação pode direcionar as pessoas e dar um norte para onde elas devem ir, porque às vezes as pessoas ficam muito perdidas, e quando a gente dá esse acolhimento, esse olhar humanizado e leva a informação para eles, é como se fosse um abraço”, revelou.