Última atualização em 15/05/2023 às 08:54:09
A semana foi de muita homenagem para as mães que têm os filhos atendidos pelos serviços do Centro de Reabilitação do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde). Desde a última segunda-feira, 8, até esta sexta-feira, 12, está sendo realizada na unidade a Oficina do Dia das Mães.
De acordo com a coordenadora do Centro, Márcia Fonseca Costa, durante toda a semana está sendo feita uma atividade interativa e lúdica com as crianças assistidas, no horário da terapia. Segundo ela, na oficina temática das mães foram treinadas algumas habilidades individuais de cada paciente e a socialização. “Buscamos relacionar as atividades da oficina com um dia muito importante, que é o Dia das Mães”, diz.
A oficina conta com a participação da equipe multidisciplinar de fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e psicólogos da unidade. Nas atividades as crianças fizeram corações, pintaram e colocaram purpurina. Depois de prontos foram entregues de presente pelos filhos às suas mães, com um caloroso abraço.
A terapeuta ocupacional Heloísa Maria Bento Costa disse que o objetivo da oficina é trabalhar tanto a interação social das crianças como também alguns objetivos mais específicos. “Têm crianças com dificuldade de coordenação motora, principalmente na coordenação motora fina, que está sendo trabalhada na oficina com movimentos de pinça, usando materiais como tinta”. A terapeuta acrescentou que “as crianças maiores fazem recortes do papel com tesoura, e a atividade é utilizada para abordar a parte do desenvolvimento motor e as questões sensoriais”, ressalta.
Ela explicou ainda que as crianças com autismo têm muitas dificuldades sensoriais e não gostam muito de pegar em texturas e isso acaba refletindo na alimentação. “Algumas só se alimentam de mingau e a gente utiliza as texturas variadas para estimular a sensação tátil, as sensações molhadas, mais secas, mais macias, para depois evoluir para as frutas”, salienta.
Na oficina, Heloísa está trabalhando com a laranja com as crianças, objetivando fazê-las gostar da fruta para depois chegar a tomar o suco. “Elas não tomam sucos, então dessa maneira eu vou aproximando-as da fruta”, diz.
Para a terapeuta ocupacional a oficina é muito importante, tanto porque os profissionais envolvidos conseguem desenvolver os seus objetivos terapêuticos, como também pelo fato de que a atividade promove a interação e o desenvolvimento das crianças. “É também uma homenagem as mães. Elas merecem, são nossas parceiras, que nos ajudam em casa reforçando os objetivos do tratamento”.
A psicóloga Alessandra Santos Lima também destacou a importância da oficina. “As crianças trabalham a coordenação motora, a concentração e a interação com as outras crianças”, afirmou. Ela acrescentou ainda que a iniciativa do Centro é uma forma de retribuir para as mães o carinho e a atenção que elas têm com os filhos, através de um cartão produzido pelas crianças do jeito que elas sabem fazer.
O fonoaudiólogo Ricardo Santana Freire disse que na sua área a oficina trabalha tanto a nomeação quanto a conversação, com o objetivo de que as crianças tenham a intenção comunicativa de querer conversar com as outras crianças.
Segundo ele, nesta Oficina do Dia das Mães houve pintura, para o trabalho com as cores, com o uso da pinça, com as texturas e a utilização de materiais como o glitter.
Homenageadas
Rosineide Santos, mãe de Leonardo Santos, 7 anos, sempre acompanha o filho nas terapias com a psicóloga e o fonoaudiólogo. Ela foi surpreendida dessa vez com o presente que recebeu do filho, um lindo coração todo confeccionado por ele. “Leonardo foi quem fez o coração, uma coisa mais linda! Tudo que ele faz aqui é muito bom, ajuda muito”, diz.
Leonardo tem autismo moderado e vem recebendo o tratamento da equipe multidisciplinar do Centro de Reabilitação. Rosineide disse ser muito grata pelo trabalho realizado.
Maria da Conceição Batista da Cruz, mãe de Antônio César Emanuel, de dois anos e dez meses, que está sendo acompanhado pelos profissionais do Centro de Reabilitação desde maio do ano passado para o tratamento do autismo.
Ela reconhece a evolução do filho desde que chegou ao Centro. “Quando ele chegou aqui nem falava e hoje em razão do trabalho com o fonoaudiólogo e demais profissionais fala até demais”, afirma.
Segundo Maria, a oficina foi muito importante porque no seu dia as mães receberam uma linda lembrança. “Foi muito gratificante para mim e para o meu filho. Desejo a todas as mães um dia muito feliz!”, diz agradecida.
