O trabalho da equipe de enfermagem no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do Instituto de Promoção e de Assistência à Saúde de Servidores do Estado de Sergipe (Ipesaúde) é de grande relevância para a autarquia e seus beneficiários. A unidade de urgência e emergência do Instituto conta com enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
De acordo com a enfermeira e gerente assistencial do SPA, Laís Karoline Rodrigues Costa, o contato com a enfermagem na urgência inicia logo na porta de entrada. Quando o paciente chega, é recepcionado por uma técnica de enfermagem que trabalha no acolhimento. No setor, o beneficiário explica o que está sentindo e, em seguida, é encaminhado para a recepção, para a realização do cadastro.
Após o cadastro, o paciente segue para a triagem. No local, o paciente passa por alguns procedimentos, como a verificação dos sinais vitais e a entrevista inicial, para saber qual é a sua queixa principal. Nesse setor é também feita a classificação de risco, através do Protocolo de Manchester, utilizado na urgência e que é privativo do enfermeiro.
Conforme Laís Costa, na triagem é classificado o risco e a prioridade do atendimento do paciente. “Nesse momento, é iniciado o primeiro contato, e o paciente se sente acolhido. É também quando explicamos a questão das prioridades, informando que o paciente que tiver mais risco de agravar vai ser atendido primeiro”, afirma.
No fluxo, há também uma técnica de enfermagem que é responsável por organizar os prontuários e o atendimento dos pacientes. Ela recebe a classificação de risco, registra quem é prioridade e direciona os pacientes para os consultórios. Além disso, a profissional tira dúvidas e promove o acolhimento. Após o fluxo, o paciente vai ao encontro do médico para o qual direciona a técnica de enfermagem. “Se for necessária medicação, passa-se primeiro pelo posto, onde há dois enfermeiros e quatro técnicos de enfermagem”, diz.
Segundo a enfermeira, o trabalho realizado no posto de medicação é punção do acesso, preparo e administração da medicação. Mas, se o paciente tiver exame, este é gerenciado pelo enfermeiro. O profissional irá providenciar a autorização, entrar em contato com o setor de programação e encaminhar o paciente para a realização do exame. No retorno, o paciente é encaminhado para a reavaliação.
No SPA, há a unidade de internamento, onde atuam as enfermeiras responsáveis pelas Enfermarias A, B, C, estabilização e isolamento. Há, ainda, uma enfermeira responsável pelas Enfermarias E e F, e os técnicos de enfermagem, que dão assistência. Laís explica, ainda, que na unidade de internação a rotina é um pouco diferente, indo além da medicação.
“O técnico de enfermagem será responsável pelo paciente acamado. Se for um paciente que não for acamado, ele fica com a responsabilidade do banho de asseio, de organizar o leito e de manter o ambiente adequado, enquanto o paciente estiver tratando da saúde”, enfatiza.
Além de atuar no âmbito assistencial, o enfermeiro tem também a função de administrar e de gerenciar a equipe, tanto no dia a dia do paciente como também nas intercorrências. Isto ocorre, por exemplo, quando o paciente sofre uma parada cardiorrespiratória. Outra atuação do enfermeiro está na transferência, quando surge a vaga. “Sem a enfermagem, o atendimento à saúde não anda”, destaca.
A gerente do SPA complementa: “Eu sou enfermeira, formada desde 2015, e trabalho na área de urgência e emergência desde quando iniciei a carreira. Vejo a enfermagem como primordial. O hospital precisa de todos os profissionais, mas, sem a enfermagem, nada funciona. Não tem banho, não tem medicação, não tem curativo, não tem procedimento… E não podemos esquecer que escolhemos estar aqui”.
Vertentes
A enfermeira Deisiane Rodrigues Araújo atua há dois anos no SPA. Segundo ela, na unidade de urgência e emergência, o papel da enfermagem se divide em duas vertentes. A primeira é a parte gerencial, na qual o enfermeiro lida com a gestão de pessoas, recursos e materiais e com a organização da unidade. A segunda é a vertente da gestão do cuidado com o paciente.
“O nosso papel se inicia na recepção do paciente, que é o momento da triagem e classificação de risco. Nela, é investigada a principal queixa do paciente, a sua comorbidade, se o paciente tem alergia ou não… Resumindo, a gente identifica qual a é principal necessidade de saúde do paciente naquele momento”, revela.
Conforme Deisiane, a partir da classificação de risco é feito o cuidado do paciente, verificando para qual unidade ele vai ser direcionado. “Pacientes com quadro clínico grave são encaminhados para a estabilização. Outros pacientes, de menor complexidade, podem ser encaminhados para o setor de medicação rápida ou para o internamento”, sublinha.
Nesses setores, o enfermeiro presta assistência direta aos pacientes. É ele quem vai gerenciar o cuidado de cada pessoa a ser atendida. “Nós, enfermeiros, somos responsáveis por realizar as prescrições dos cuidados dos pacientes e também por direcionar e liderar a equipe de enfermagem. A equipe é composta por técnicos e auxiliares, além do enfermeiro, que é o seu principal líder”, salienta.
No Dia Internacional da Enfermagem, Deisiane afirma que é muito emocionante perceber a diferença que o enfermeiro faz na vida do paciente. “Quando ele recebe alta hospitalar e retorna para a sua família com a saúde recuperada, isso é muito gratificante. A maioria dos pacientes reconhece isso, e retorna à unidade para prestar o agradecimento. Essa valorização nos motiva a ser cada dia melhores no que fazemos. Aqui no SPA Ipesaúde, eu me sinto valorizada tanto pela gestão quanto pelos pacientes”, ressalta.
Reconhecimento
Demonstrando que o atendimento do SPA realmente é satisfatório, a professora aposentada Míriam Alves Mendonça, 74 anos, reconhece todo o esforço da equipe de enfermagem para que o paciente se sinta acolhido. Miriam ficou internada por três dias na unidade, com quadro de insuficiência respiratória. “O atendimento é vip, é 10! Eu gostaria de descobrir o defeito de uma das enfermeiras, porque para mim é mil. Não tenho nem vontade de ir embora só por causa delas”, pontua.
O beneficiário Jonatas Batista Oliveira, 37 anos, internado há um dia com quadro de dores intensas após cirurgia, ressalta que gostou muito do atendimento. “É uma equipe humanizada, que cuida da gente com muita atenção. Fui medicado nos horários corretos, sendo informado sobre o que estava sendo administrado. O atendimento foi excelente, fiquei impressionado com o cuidado. Toda hora os profissionais da enfermagem vêm e perguntam se a gente está sentindo alguma coisa, mostrando que realmente têm amor à profissão”, esclarece.
A paciente Maria Ilza da Silva, 59 anos, também esteve internada no SPA, chegando à unidade com um quadro de ansiedade. “Passei mal em casa e tive que vir para o SPA do Ipesaúde. Achei o atendimento especial. A maneira como os enfermeiros tratam os pacientes é muito boa. O atendimento foi nota 10”, explica.
A filha e acompanhante de dona Maria Ilza, Fernanda Natiele da Silva Gonzaga, frisa que achou o atendimento incrível. “As enfermeiras são muito atenciosas, a medicação é dada na hora certa, com a explicação para o paciente. É muito difícil a gente encontrar isso, pois elas detalham tudo com a maior paciência. Foi incrível, superou as expectativas. É um atendimento humanizado”, reconhece.
